PERDIDA NA FLORESTA


"Poderia o espírito de um ente querido, mesmo sem conhecer, ajudar alguém da família que esteja em dificuldades?"


O Relato a seguir é sobre esse tipo de acontecimento!

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Oi, o meu nome é Nice. Essa história não aconteceu comigo, e sim com a minha mãe, no Japão.

Os meus pais acreditam em fantasmas, sem sombra de dúvidas, já que eles cresceram com eles desde a infância.
E, de todas as histórias deles, tem uma que é a minha favorita.
A minha mãe era muito pobre e vivia em uma área rural perto de uma floresta, no Japão. Foi lá onde tudo aconteceu.

Estava uma manhã bem feia e chuvosa, a mais de 30 anos atrás, quando a minha mãe, com 11 anos, pegava cogumelos perto da floresta.
Ela se distraiu com a tarefa monótona e acabou entrando na floresta, continuando pegando os cogumelos, e quando ela deu por si, já tinha entrado bastante nela. Ela estava perdida, não sabia como voltar.
Minha mãe começou a ficar assustada, então começou a ouvir um som, como se uma pessoa estivesse murmurando algo.
Vinha de uma enorme árvore a uns dois metros dela.
Isso a assustou mais ainda, e ela começou a correr na direção oposta daquela enorme árvore.
Então começou a escurecer, indicando que um temporal estava para vir, e foi quando ela viu uma casinha em uma árvore.
Tendo só 11 anos e não sabendo dos perigos que podiam lhe aguardar, ela simplesmente subiu a escada e entrou na casa da árvore.

Quando ela engatinhou para dentro da casinha, ela viu um homem.
Ele tinha cerca de 50 anos e parecia amigável. "Por favor senhor" ela pediu. "Eu me perdi.
O senhor poderia me mostrar a direção de volta para a vila?"
Ele olhou para a minha mãe e falou, "Eu sabia que você estava vindo, criança, entre e se sente, que eu lhe contarei o seu futuro!"
A minha mãe fez o que ele pediu e ele olhou para a palma da mão dela.
"Ahhh, você vai ter mais do que três filhos, e vai ter um casamento contente e cheio de alegria, do outro lado do mundo!" Ele falou.
"Mas agora," ele continuou, "aqui está o que você tem que fazer imediatamente."
Em um tom muito severo, ele falou para a minha mãe seguir os passarinhos azul e preto que estavam do lado de fora da janela quebrada, e que era para ela não fazer barulho e ignorar tudo e qualquer coisa que ela encontrasse ou ouvisse pelo caminho.

Ele falou que se ela fizesse isso, ela chegaria em segurança de volta à sua vila.
"Não olhe para cima em nenhum momento, criança!" ele falou quando a minha mãe descia pelos degraus pregados na árvore.
Nessa altura a minha mãe já estava MUITO assustada, mas ela seguiu as instruções que tinha recebido.
Os dois passarinhos foram pulando pelo chão e ela foi seguindo eles, enquanto escurecia cada vez mais.
Pelo caminho ela ouviu muita coisa; árvores balançando enquanto as outras estavam quietas; barulho alto de passos perto dela, que ficavam cada vez mais altos; e até a risada de uma garota.
Mas ela continuou andando, olhando apenas os dois passarinhos que iam pulando pelo chão à sua frente.
Finalmente depois de algum tempo, ela chegou na construção de barro e madeira queimada que ela chamava de casa.
Quando ela chegou lá, ela contou tudo para a minha avó sobre o que tinha acontecido.
Então minha avó disse para a minha mãe que aquele homem era o tataravô dela, que tinha lhe ensinado o caminho de volta.
Ele tinha morrido na floresta, perto daquela árvore com a casinha.
E só para acrescentar, o que ele viu para o futuro dela estava certo.

A minha mãe teve 5 filhos, mora aqui no Brasil e tem um casamento muito feliz com o meu pai.
E essa é a minha história de fantasma favorita!


 



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